Dr Luiz Araujo
1) Definição
O câncer de pulmão representa um crescimento exacerbado de células da árvore respiratória, que adquirem a capacidade de proliferação e imortalidade. Estas células formam um tumor pulmonar (lesão principal), mas podem também entrar na circulação e dar origem a tumores em linfonodos e em outros órgãos (metástases).
2) Epidemiologia
O câncer de pulmão está entre os tipos de câncer mais frequentes em todo o mundo e representa a principal causa de morte por câncer, tanto em homens quanto em mulheres. A incidência é geralmente maior entre homens, da magnitude de 2 a 9 vezes. Entretanto, a incidência vem aumentando entre mulheres, enquanto se mantém estável entre homens, o que reflete o crescente hábito de fumar entre mulheres. Estima-se que mais de 1 milhão de pessoas morram de câncer de pulmão a cada ano e, exceto surjam medidas eficazes de prevenção, são projetadas mais de 2,2 milhões de mortes-ano para o ano de 2030. A importância do controle do tabagismo e das campanhas de controle de câncer é óbvia e estas são fontes crescentes de investimentos em pesquisa.
No Brasil, foram estimados 17810 novos casos entre homens e 9460 casos entre mulheres em 2008. Esses valores correspondem a um risco estimado de 19 casos novos a cada 100 mil homens e de 10 para cada 100 mil mulheres.
3) Fatores de Risco
O tabagismo está envolvido em 80% a 90% dos casos de câncer de pulmão. O risco estimado é 20 a 30 vezes maior entre tabagistas em relação àqueles que não fumam. O abandono do hábito leva à redução do risco em um período médio de 7 anos, porém este risco nunca se iguala ao da população não-fumante e cerca de metade dos casos de câncer de pulmão vai se desenvolver em ex-fumantes. Esta afirmativa justifica a necessidade de se evitar o início do hábito entre jovens. Sugere-se também que 25% dos casos de câncer de pulmão entre não-fumantes estejam relacionados ao tabagismo passivo.
Outros fatores de risco relacionados são a história familiar e a exposição ambiental ou ocupacional a asbesto e a poluição.
4) Sinais e sintomas
Os sintomas mais frequentes ao diagnóstico de câncer de pulmão são tosse e hemoptise (escarro com sangue). Além destes, febre, perda de peso, pneumonia de repetição e falta de ar podem estar presentes. O surgimento destes sintomas, especialmente entre fumantes, pode levar o médico assistente a solicitar exames de imagem do tórax, seja raio-X ou tomografia computadorizada.
Eventualmente, o câncer de pulmão pode ser descoberto incidentalmente a partir de exames de imagem solicitados em pacientes assintomáticos ou para estudo de outras doenças.
5) Diagnóstico
Para se estabelecer o diagnóstico de câncer de pulmão, é necessária a confirmação pelo patologista. O patologista vai examinar o material coletado do paciente ao microscópio à procura de células malignas compatíveis com o diagnóstico. O material poderá ser o escarro (quando possível), lavado, aspirado ou biópsia do pulmão coletados através de endoscopia pulmonar (broncoscopia), punção pulmonar direta com agulha fina e cirurgia.
6) Classificação
Além de dar o diagnóstico de câncer de pulmão, o patologista fornece outra informação valiosa para o médico assistente: o tipo de câncer de pulmão. Em outras palavras, o câncer de pulmão pode ser do tipo pequenas células ou do tipo não-pequenas células. Esta diferenciação é essencial, pois o tratamento é diferente para estas duas entidades.
7) Estadiamento
Após o diagnóstico e a classificação do câncer de pulmão, o médico assistente passa para o estadiamento da doença, ou seja, verificar a extensão da doença. Para isso, geralmente são pedidos exames complementares, como exames laboratoriais e exames de imagem direcionados ao tórax, abdome e, eventualmente, para o crânio e ossos. O objetivo destes exames é determinar o tipo ideal de tratamento para aquele determinado paciente.
8) Tratamento
Os pilares do tratamento do câncer de pulmão são a cirurgia, a radioterapia e a quimioterapia. É fundamental para isso a integração entre o cirurgião torácico, o oncologista e o radioterapeuta, afim de se determinar a melhor opção terapêutica e evitar os procedimentos desnecessários. A terapia com alvo molecular é uma nova estratégia, que representa um avanço importante no tratamento dos pacientes com câncer de pulmão. Tratam-se de drogas oferecidas por via intravenosa ou em formato de comprimidos e são utilizadas como complemento à quimioterapia e, em algumas ocasiões, são capazes de substituir a quimioterapia tradicional.
9) Prognóstico
O prognóstico do câncer de pulmão dependerá da extensão da doença ao diagnóstico e da presença de co-morbidades, ou seja, doenças associadas. O crescente aprimoramento das técnicas cirúrgicas, bem como o advento do tratamento com quimioterapia são medidas que aumentam a sobrevida e a qualidade de vida dos pacientes. O conhecimento molecular também trouxe ganho, uma vez que hoje dispomos de terapias-alvo, com drogas inteligentes direcionadas contra o tumor, que poupam os pacientes dos efeitos adversos da quimioterapia. Ademais, a radioterapia ganhou papel importante no tratamento destes pacientes, sendo uma possibilidade de controle ao longo prazo da doença em situações em que a cirurgia pouco poderia ajudar.
10) Prevenção
O câncer de pulmão representa a neoplasia com maior potencial de prevenção, visto sua relação intrínseca com o tabagismo. As campanhas voltadas a reduzir a incidência de fumantes, principalmente entre mulheres e jovens, são prioritárias e merecem forte apoio da população.
1) Definição
O câncer de cabeça e pescoço compreende um grupo heterogêneo de tumores classificados por localização, a saber: cavidade oral; nasofaringe; orofaringe; hipofaringe; laringe; cavidade nasal e seios paranasais; glândulas salivares. Estes sítios são áreas diretamente envolvidas com as funções de fala, deglutição, respiração, paladar, olfato e outros. Por isso, a abordagem passa por uma equipe multidisciplinar que envolve o oncologista, o cirurgião de cabeça e pescoço, o radioterapeuta, bem como os profissionais da odontologia, nutrição, psicologia, enfermagem e fonoaudiologia. Com isso, valoriza-se ao máximo a preservação do órgão e de suas funções.
2) Epidemiologia
O câncer de cabeça e pescoço é a quinta neoplasia mais comum no mundo, com uma incidência global de 780 mil novos casos por ano. No Brasil, a incidência entre 1995 e 1998 foi de 22 novos casos de tumores de cavidade oral e faringe por ano para cada 100.000 habitantes e de 8 novos casos/100 mil de tumores de laringe, tendo como base dados populacionais da cidade de Goiânia. Chama a atenção a alta incidência do câncer de boca na nossa população, com estimativa de 10.380 novos casos para o ano de 2008. São mais freqüentes os casos no sexo masculino, na proporção de 4:1, com pico de incidência entre 50 e 70 anos de idade.
Segundo o levantamento do banco de dados americano (SEER), houve um aumento na taxa de sobrevida global em 5 anos até a década passada (38,1% em 1974 vs 56,7% em 1997), o que parece refletir o progresso no diagnóstico e tratamento destes pacientes.
3) Fatores de Risco
O tabagismo e o etilismo são de longe os principais fatores envolvidos com o câncer de cabeça e pescoço. O efeito combinado é multiplicativo, sendo que o risco de desenvolver este tumor entre tabagistas e etilistas é até 200 vezes maior em relação aos não-tabagistas e não-etilistas. Outros fatores conhecidos são as infecções virais (em particular o HPV, papilomavírus humano, relacionado ao câncer de orofaringe), exposição ocupacional, exposição à radiação, fatores dietéticos e susceptibilidade genética. Uma dieta rica em gorduras e o baixo consumo de frutas e vegetais podem aumentar o risco da doença. Além disso, o hábito do chimarrão (mate quente), comum no sul do país, pode aumentar em até 2 vezes o risco de câncer de laringe. Também tem sido sugerido que a má higiene oral possa estar associada ao desenvolvimento do câncer de cabeça e pescoço.
O câncer de nasofaringe é um caso à parte. Este tipo de tumor é mais freqüente em pacientes asiáticos e está associado à infecção pelo vírus Epstein-Barr (EBV).
4) Sinais e sintomas
Os sintomas são geralmente vagos e, por isso, podem levar ao atraso no diagnóstico. Entretanto, se destacam algumas queixas de acordo com o sítio de origem:
• Câncer de seios nasais: feridas que não cicatrizam, sangramento nasal ou obstrução nasal.
• Câncer de nasofaringe: nódulos ou massas no pescoço em 90% dos casos; otites crônicas, cefaléia, alterações neurológicas.
• Câncer de cavidade oral: feridas ou elevações que não cicatrizam, alterações dentárias, dificuldade em fixar próteses dentárias.
• Câncer de laringe: rouquidão, tosse.
• Câncer de orofaringe: nódulos no pescoço, dificuldade de engolir alimentos, dor no ouvido.
5) Diagnóstico
Para se estabelecer o diagnóstico de câncer de cabeça e pescoço, é necessária a confirmação pelo patologista. O patologista vai examinar o material coletado do paciente ao microscópio à procura de células malignas compatíveis com o diagnóstico. O material é geralmente coletado através de biópsia ou punção, realizada pelo cirurgião de cabeça e pescoço.
6) Classificação
A maioria dos casos de câncer de cabeça e pescoço é chamada de carcinoma epidermóide, ou carcinoma de células escamosas (CEC). Esta informação é dada pelo patologista e é útil na decisão do tipo de tratamento. A localização do tumor primário (onde o tumor se iniciou) também é importante, já que o tratamento pode ser diferente. Os diferentes sítios primários foram citados na introdução deste texto.
7) Estadiamento
Após o diagnóstico e a classificação do câncer de cabeça e pescoço, o médico assistente passa para o estadiamento da doença, ou seja, verificar a extensão da doença. Para isso, geralmente são pedidos exames complementares, como exames laboratoriais e exames de imagem direcionados ao sítio do tumor primário, ao pescoço e ao tórax. O objetivo destes exames é determinar o tipo ideal de tratamento para aquele determinado paciente.
8) Tratamento
Os pilares do tratamento do câncer de cabeça e pescoço são a cirurgia, a radioterapia e a quimioterapia. É fundamental para isso a integração entre o cirurgião de cabeça e pescoço, o oncologista e o radioterapeuta, afim de se determinar a melhor opção terapêutica e evitar procedimentos desnecessários. Importantes avanços ocorreram na última década, incluindo aperfeiçoamentos nas técnicas operatórias, avanços nas técnicas de radioterapia e diferentes estratégias de quimioterapia. Sempre que possível, segue-se o conceito de preservação de órgão, que permite ao paciente não apenas o controle da doença, mas também a manutenção de uma boa qualidade de vida e de interação social, familiar e profissional. Além disso, os novos tratamentos permitem maior conforto e tolerabilidade ao paciente. A radioterapia de intensidade modulada (IMRT) é um destes marcos, capaz de prevenir a incidência de xerostomia tardia (boca seca), que sempre foi um dos eventos complicadores da radioterapia convencional. O advento da terapia de alvo molecular é outro avanço, uma vez que a droga passa a agir diretamente nas células tumorais, evitando os efeitos colaterais da quimioterapia.
9) Prognóstico
O prognóstico do câncer de cabeça e pescoço dependerá da extensão da doença ao diagnóstico e da presença de co-morbidades, ou seja, doenças associadas. O crescente aprimoramento das técnicas cirúrgicas, da radioterapia e da quimioterapia são medidas que aumentam a sobrevida e qualidade de vida dos pacientes. O conhecimento molecular também trouxe ganho, uma vez que hoje dispomos de terapias-alvo, com drogas inteligentes direcionadas contra o tumor, que poupam os pacientes dos efeitos adversos da quimioterapia. Sempre que possível, busca-se o tratamento de preservação de órgãos.
10) Prevenção
O câncer de cabeça e pescoço tem alto potencial de prevenção, visto sua relação intrínseca com o tabagismo e etilismo. Campanhas voltadas a reduzir o início dos hábitos, principalmente entre jovens, são prioritárias e merecem forte apoio da população. Segundo recomendações do INCA, é essencial manter uma boa higiene bucal, ter os dentes tratados e fazer uma consulta odontológica de controle a cada ano. Uma dieta saudável, rica em vegetais e frutas, é capaz de prevenir o câncer de cabeça e pescoço.
O câncer de pele na região de cabeça e pescoço também é freqüente. Para prevení-lo, deve-se evitar a exposição ao sol ou utilizar proteção (filtro solar e chapéu de aba longa).
O que é o câncer de tireóide?
O câncer de tireóide é a neoplasia endócrina mais comum, com 33.500 novos casos esperados em 2008 nos Estados Unidos. A incidência ajustada por idade e sexo tem apresentado uma curva crescente, o que parece refletir a tendência ao seu diagnóstico em fases precoces. Os carcinomas bem diferenciados incluem os subtipos papilares e foliculares e representam 90% de todos os casos. Entre os demais casos está o carcinoma medular da tireóide.
Qual os tratamentos mais indicados?
A grande maioria dos casos será curada com o tratamento padrão, que inclui a cirurgia, iodoterapia e, eventualmente, a radioterapia. Entretanto, uma parcela dos pacientes vai apresentar atividade da doença mesmo após esses tratamentos. Nessa situação, os inibidores orais como sorafenibe podem ser indicados. É importante entender caso-a-caso os pacientes que poderão se beneficiar desse tratamento. No caso do carcinoma medular, inibidores específicos podem ser indicados, como o vandetanibe oral. A princípio, a quimioterapia venosa tem pouca utilizadade no câncer de tireóide, salvo casos de exceção.
A imunoterapia é uma nova forma de tratamento que utiliza dos mecanismos de defesa próprios do indivíduo para atacar as células de câncer. A principal classe de agentes compreende os inibidores de pontos de verificação do sistema imunológico (checkpoint inhibitors). Terapias contra PD1, PD-L1 e CTLA4 podem levar a respostas consideravelmente duráveis (por vezes de anos) e a uma melhora significativa da sobrevida dos pacientes. Vários destes tratamentos estão hoje disponíveis para pacientes com câncer de pulmão, cabeça e pescoço, rim, bexiga, linfomas, entre outros.
O que é a Medicina Personalizada?
A medicina personalizada (também conhecida como medicina de precisão) é apresentada como o primeiro conceito de terapia paciente-específica. Como base, ela acopla índices clínico-patológicos estabelecidos com o perfil molecular para criar estratégias de diagnóstico, prognóstico e tratamento precisamente adaptados às necessidades de cada paciente. Dessa forma, é possível identificar pacientes que seriam mais adequados a receber medicamentos específicos, ou eventualmente evitar tratamentos ineficazes e potencialmente tóxicos. Para o sucesso da aplicação da medicina personalizada em oncologia, três componentes têm sido colocados como fundamentais: cada paciente deve ter seu tumor testado para identificar alterações genéticas específicas; os profissionais envolvidos no cuidado ao paciente devem ter acesso aos resultados dos testes; os resultados devem ser gerados dentro de um período de tempo que permita a incorporação da informação no processo de tomada de decisão.
O que são os drivers ou mutações guiadoras?
Entre as alterações causadoras de câncer estão as mutações somáticas (adquiridas ao longo da vida) que levam à ativação de proto-oncogenes ou à inativação de genes supressores tumorais. Em ambas as situações, pode haver o desenvolvimento de um câncer, embora em vários casos o tumor apresente uma combinação complexa de anormalidades envolvendo vários genes ou vias. Nestes casos, é importante diferenciar as alterações fortemente associadas ao desenvolvimento do câncer (mutações guiadoras ou “drivers”) de alterações que possam ser indiferentes ao surgimento ou manutenção do tumor (“passengers”). Em outras palavras, alterações conhecidas como “drivers” podem ser utilizadas como o ponto fraco do tumor, portanto sendo importante alvo de terapias moleculares. Vários exemplos – citados abaixo – ilustram o sucesso da medicina personalizada após a pesquisa dos “drivers” do câncer.
Medicina Personalizada no Câncer de Pulmão
Como exemplo, citamos a introdução dos inibidores orais contra o receptor do fator de crescimento epidérmico (EGFR) – erlotinibe, gefitinibe, afatinibe, entre outras - no tratamento do câncer pulmonar de células não-pequenas (CPCNP). A taxa de resposta a estes inibidores se aproxima de 70% nos casos que apresentam mutações típicas em EGFR, ao passo que a resposta é de apenas 1% em tumores selvagens, sem a mutação. Ademais, a seleção molecular nesta situação está associada a significativo ganho na sobrevida. Exemplos semelhantes foram demonstrados em tumores de pulmão que apresentam fusões do gene ALK (responsivos a terapias como crizotinibe) e, mais recentemente, terapias alvo foram altamente efetivas contra tumores que apresentam anormalidades nos genes ROS1, RET, MET, BRAF, entre outros.
Melanoma e câncer colorretal
No caso do melanoma, inúmeras mutações somáticas e alterações epigenéticas encontradas envolvem as vias de sinalização dos receptores tirosina quinase, que são particularmente implicadas nos casos de lesões cutâneas secundárias à exposição solar. De importância clínica imediata, cerca de 50% dos melanomas apresentam mutações no gene BRAF (em especial a mutação V600E no domínio quinase), considerada um “driver”. Terapias de alvo molecular contra a via de BRAF – como vemurafenibe, dabrafenibe, entre outros – levaram a uma taxa de resposta na ordem de 50% nestes casos e a aumento significativo da sobrevida.
Tumores estromais gastrointestinais (GIST)
No GIST, mutações ativadoras foram descritas no gene KIT, presentes em até 85% das vezes. Estes tumores se mostram altamente sensíveis à terapia com imatinibe, através do bloqueio desta via. Novos tratamentos após falha ao imatinibe também estão disponíveis para uso clinic.
Câncer colorretal
As alterações moleculares também podem ser úteis para definir tumores não sensíveis a um determinado tratamento, evitando custos desnecessários, eventos adversos e potencial atraso na escolha do melhor tratamento. Por exemplo, anticorpos monoclonais contra EGFR (ex. cetuximabe e panitumumabe) são ineficazes em pacientes com câncer colorretal que apresente mutações em KRAS, NRAS ou BRAF. Com esta informação, o uso de cetuximabe nesta situação está hoje vinculado à prévia testagem para mutações nestes genes, não sendo aprovado em casos de tumores mutados. Este é apenas um dos cenários onde o estudo do perfil molecular contribui para o diagnóstico mais preciso e, consequentemente, para a escolha de um tratamento de maior eficácia.
- 2016 IASLC Young Investigator Award
https://www.iaslc.org/fellowship/past-winners/luiz-henrique-araujo
- 2014 Chicago Multidisciplinary Symposium in Thoracic Oncology Travel Grant Award, American Society for Radiation Oncology (ASTRO).
- 2013 Landon Foundation-AACR INNOVATOR Award for International Collaboration in Cancer Research (fellow).
- 2013 Pelotonia Postdoctoral Fellowship, The Ohio State University, Columbus – Ohio.
- https://cancer.osu.edu/research-and-education/pelotonia-funded-research/pelotonia-fellowship-program/postdoctoral-candidate-pelotonia-fellowship-program/previous-postdoctoral-candidate-pelotonia-fellows
- 2012 Long-Term International Fellowship (LIFe), The ASCO Conquer Cancer Foundation.
https://www.youtube.com/watch?v=hX8i6Uj94kA
https://www.youtube.com/watch?v=-OdE_u3uZDc
http://www.ascopost.com/search-results/?q=luiz+araujo
- 2010 International Development and Educational Award (IDEA), The ASCO Conquer Cancer Foundation.
- Lina Cassol Fellowship Grant, European Cancer Organisation (ECCO). Grant: attending the 12th joint ECCO-AACR-EORTC-ESMO Workshop ‘Methods in Clinical Cancer Research’ - Waldhaus Flims, Switzerland, June 2010.
- Laila Visiting Fellow 2008, Seattle Cancer Care Alliance (SCCA) – University of Washington (UW), Seattle (WA), USA – October 2008. Grant: one month visiting fellowship in Medical Oncology at the SCCA – UW, Seattle (WA), USA – October, 2008.
Currículo